
No
                            dia 8 de setembro de 1860, uma terrível tempestade
                            abateu-se sobre o Lago Michigan e ameaçou afundar
                            o navio de passageiros Lady Elgin. Na praia, observando o
                            desdobramento da tragédia, estava um grupo de estudantes
                            do Instituto Bíblico Garrett, que ficava perto. Quando
                            o navio começou a partir-se, um dos estudantes, Edward
                            W. Spencer, viu uma senhora agarrada a um dos destroços.
                            Sem conseguir ficar apenas observando o naufrágio,
                            Spencer tirou o casaco, jogou-se nas agitadas águas,
                            nadou até ao navio e trouxe aquela senhora em segurança
                            para a praia.
                            
                            Spencer nadou repetidas vezes e trouxe náufragos de
                            volta, até que suas forças falharam e ele desmaiou
                            na praia, exausto. Como resultado de seus esforços,
                            17 vidas foram salvas, mas o ato heróico quase lhe custou
                            a vida. Ele nunca recuperou totalmente a saúde.
                            
                            Após a sua morte, alguns anos mais tarde, alguém
                            escreveu à esposa dele perguntando se era verdade que
                            nenhum dos náufragos salvos havia agradecido o heroísmo
                            de seu marido. Aqui está a resposta dela: "A afirmação é 
                            verdadeira. Spencer nunca recebeu nenhum agradecimento das
                            pessoas que ele conseguiu salvar, e nenhum reconhecimento por
                            parte de qualquer uma delas." A seguir, num admirável
                            espírito de magnanimidade, ela colocou a culpa da aparente
                            ausência de gratidão na confusão geral
                            reinante e na exaustão, tanto dos resgatados quanto
                            do resgatador.
                            
                            Ela encerrou a carta com estas palavras: "Meu marido sempre
                            manteve esse ponto de vista acerca daquele episódio;
                            nunca manifestou qualquer ressentimento, e tenho certeza de
                            que nunca o sentiu. Fez o melhor que pôde, sem esperar
                            recompensas ou apreciação."
                            
                            
                          
