
Quando
                            Thomas Carlyle, historiador e ensaísta inglês,
                            concluiu o segundo volume de sua História da Revolução
                            Francesa, entregou o manuscrito a John Stuart Mill, para
                            que este fizesse observações. Mill leu o manuscrito
                            e emprestou-o a um amigo. Esse amigo deixou-o sobre a escrivaninha
                            certa noite, depois de lê-lo. Na manhã seguinte
                            a empregada, procurando alguma coisa com a qual acender o
                            fogo, encontrou a pilha de papéis soltos e, pensando
                            que fossem rascunhos antigos, usou-os para acender o fogo.
                            Aquilo que havia custado anos de trabalho a Carlyle era cinza
                            agora!
                            
                            Quando Mill, branco como um lençol, relatou a devastadora
                            notícia a Carlyle, este ficou tão atônito
                            com sua perda que não conseguiu fazer nada durante semanas.
                            Então um dia, sentado diante da janela aberta, remoendo
                            sua terrível perda, observou um pedreiro reconstruindo
                            uma parede de tijolos. Pacientemente, o homem colocava tijolo
                            sobre tijolo, enquanto assobiava uma alegre melodia.
                            "Pobre tonto", pensou Carlyle, "como pode estar tão alegre quando a
                            vida é tão fútil?" Depois, repentinamente, teve outro
                            pensamento. "Pobre tonto", disse ele de si mesmo, "você está aqui
                            sentado junto à janela, queixando-se e lamentando, enquanto aquele homem
                            reconstrói uma casa que durou gerações."
                            
                            Levantando-se da cadeira, Carlyle começou a trabalhar
                            no segundo rascunho da História da Revolução
                            Francesa. Conforme seu próprio relato, e o daqueles
                            que tiveram a oportunidade de ler ambas as versões da
                            obra, a última foi bem melhor! A destruição
                            de nossos queridos sonhos não precisa ser o fim do mundo.
                            Pode ser o início de algo melhor!
                            
                            Carlyle tem sido uma inspiração para muitos,
                            no sentido de recomeçar depois de terem visto destruído
                            o trabalho de sua vida. É improvável, entretanto,
                            que o humilde pedreiro que deu a Carlyle a inspiração
                            de começar de novo, tenha ficado sabendo que ele teve
                            participação em recriar uma obra-prima literária.
                            Nosso inconsciente exemplo cristão pode ser exatamente
                            o incentivo de que alguém precisa para superar um fracasso
                            na vida.
